Como lidar com os comportamentos de recusa?




Os comportamentos de recusa são um problema comum nesta população e que poderão surgir face a qualquer pedido, seja ele qual for. Estes comportamentos têm, nos familiares/cuidadores, um grande impacto, por muitas vezes estar associado a factores importantes e imprescindíveis no dia-a-dia da pessoa, como por exemplo a toma da medicação ou comer.
Por isso, aqui ficam algumas dicas que pretendem auxiliar a lidar com este comportamento:
– Tente perceber o seu porquê: a primeira coisa a fazer, é tentar perceber o porquê da recusa da pessoa. Por vezes, pode acontecer simplesmente porque a pessoa não compreende o que lhe estão a pedir ou a fazer;
– Evite forçar: é fundamental evitar este tipo de atitude, que levará a uma maior recusa por parte da pessoa. Poderá optar por voltar a perguntar ou a pedir um pouco mais tarde;
– Explique à pessoa de forma clara e simples: para que a pessoa possa compreender o que lhe está a pedir ou o que irá fazer. A comunicação não-verbal (gestos) poderá ser útil, no caso de a pessoa ter uma alteração da compreensão;
– Procure estar num ambiente tranquilo e que lhe seja familiar: evite ambientes com ruídos ou distrações que poderão comprometer a concentração e evitar os comportamentos de recusa;
– Mantenha uma postura calma e serena: que ajudará a que a pessoa não se sinta pressionada, frustrada ou irritada. Lembre-se de respirar fundo e manter-se tranquilo;
– Seja flexível: é importante respeitar a pessoa e perceber que este comportamento se deve à patologia e às alterações consequentes da mesma;
– Dê tempo: é importante dar-lhe tempo suficiente para processar o que lhe está a ser pedido e para realizar a tarefa. Não dê importância aos erros e tranquilize-a caso não consiga. Lembre-se de dar sempre um feedback positivo durante a realização de qualquer tarefa.
Estas são apenas algumas dicas para lidar com os comportamentos de recusa. No entanto, as mesmas poderão não funcionar com todos os casos, sendo por isso importante procurar o auxílio de profissionais da área que irão ao encontro destas necessidades.

14 dicas para aliviar o estresse dos cuidadores


Os cuidadores fazem um incrível trabalho ao tomar conta de pessoas com Alzheimer, mas é importante que eles também se preocupem com sua própria saúde e bem estar!
Conheça 14 dicas que vão te ajudar a aliviar o estresse:
  1. Busque associações e comunidades de apoio ao Alzheimer em sua região. Participando desses grupos você poderá compartilhar suas experiências e ter assistência e orientação;
  2. Procure se capacitar como cuidador através de cursos de formação de cuidadores.
  3. Não tenha vergonha em pedir ajudar quando for preciso.
  4. Não se esqueça da sua própria saúde! Alimente-se bem e pratique exercícios!
  5. Esteja preparado para mudanças de humor do doente de Alzheimer. Elas serão bem comuns em certo estágio da doença e é preciso que você  consiga lidar com elas de forma calma e tranqüila.
  6. Faça uma lista com todas as atividades que você já fez para o doente de Alzheimer. Dessa forma você poderá.
  7. Procure compreender cada fase pelo qual o doente de Alzheimer está passando, dessa forma você conseguirá lidar melhor com as situações.
  8. Procure ajuda com profissionais de saúde especializados, como geriatras e gerontólogos, assim como terapeutas ocupacionais.
  9. Procure terapeutas caso haja conflitos constantes entre os familiares. Não tente mediar tudo sozinho.
  10. Faça anotações sobre as experiências que você tem vivenciado junto ao doente de Alzheimer. Além de terapêutico, essa atividade pode registrar a evolução da doença.
  11. Procure ter uma boa convivência com o doente de Alzheimer. Evite abordar assuntos que o deixe nervoso ou chateado.
  12. Aceite o Alzheimer. Não invente desculpas para justificar a perda de memória ou outros problemas funcionais de seu familiar.
  13. Ame seu familiar exatamente como ele é agora, não tente mudá-lo.
  14. Dê carinho e atenção a pessoa da qual você cuida. Procure proporcionar ao doente os melhores momentos do seu dia. Dessa forma você estará melhorando não só o dia do doente, mas o seu também!

 

Alimentação

Alimentação

As refeições proporcionam-nos uma oportunidade de passar mais tempo com nossos familiares e amigos. No entanto, quando se cuida de alguém com Demência, as refeições podem tornar-se momentos bastante complicados e stressantes. A perda de memória e a incapacidade de deliberação podem causar dificuldades em relação à alimentação e nutrição para muitas pessoas com Demência.

Há muitas formas de melhorar a situação.


Perda de apetite

Esquecer-se como mastigar e engolir, dentaduras mal colocadas ou desadequadas, actividade física insuficiente, são alguns dos mais comuns constrangimentos que podem resultar na perda de apetite.

O que tentar?
  • Consulte o médico para se certificar de que não existem causas tratáveis para a perda de
  • apetite, como, por exemplo, a depressão;
  • Sirva as refeições, à mesma hora, todos os dias;
  • Deixe que a pessoa coma quando está com fome;
  • Incentive o exercício físico;
  • Ofereça refeições equilibradas e saudáveis;
  • Experimente dar à pessoa um copo de vinho ou de sumo, se os medicamentos o permitirem, antes da refeição para aguçar o apetite;
  • Ofereça um gelado ou um batido;
  • Tente preparar refeições familiares, especialmente incluindo na ementa os ingredientes preferidos da pessoa com Demência;
  • Incentive a pessoa a comer um alimento de cada vez, sem os misturar, pois algumas pessoas podem ficar confusas quando os gostos e texturas mudam numa mesma refeição;
  • Tente fazer refeições simples, descontraídas e calmas. É importante que a pessoa se sinta calma e coma à sua velocidade, sem pressas. Nos estados mais avançados da doença, em que seja necessário ajudar a pessoa a comer, uma refeição pode durar mais de uma hora;
  • Consulte o médico se houver uma significativa perda de peso em pouco tempo;
  • Consulte o médico sobre que vitaminas ou suplementos podem ser dados à pessoa com Demência.


Comer em excesso ou apetite insaciável

O que tentar?
  • Deixar alguns salgadinhos sobre a mesa, pois pode ser suficiente para ajudar a satisfazer o apetite;
  • Tente fazer 5 a 6 pequenas refeições por dia;
  • Tenha sempre por perto snacks com poucas calorias, como maçãs ou cenouras;
  • Tente incentivar a prática de actividades, como caminhadas ou incentivar a pessoa a sair para se cruzar com pessoas e manter a sua vida social activa;
  • Tranque os armários onde habitualmente guarda os alimentos.


Ingestão de doces em excesso

O que tentar
  • Verifique se há efeitos colaterais de alguns medicamentos que a pessoa esteja a tomar, pois, por exemplo, alguns medicamentos antidepressivos podem causar desejo por doces;
  • Tente oferecer à pessoa batidos ou gelados de baixo índice calórico.


Boca, mastigação e deglutição

Algumas das causas dos problemas com a alimentação podem incidir na boca. Ter a boca seca, doenças nas gengivas ou próteses mal ajustadas são problemas comuns.

O que tentar?
  • Faça um check up dentário da gengiva, dentes e dentaduras;
  • Humedeça alimentos com molhos, caso a pessoa esteja constantemente com a boca seca;
  • Para problemas de mastigação, diga à pessoa para colocar pequenas quantidades de alimento de cada vez na boca e humedeça os alimentos para facilitar a mastigação;
  • Para problemas de deglutição, lembre a pessoa de engolir sempre antes de colocar mais alimentos na boca, não lhe dê alimentos difíceis de engolir, tente partir os alimentos em pequenos pedaços e procure oferecer alimentos húmidos;
  • Consulte o médico se surgirem problemas de engasgamento.


À mesa

Deitar o sumo numa tigela de sopa, colocar manteiga num guardanapo ou comer a sobremesa com uma faca são sinais claros de que a pessoa com Demência está a enfrentar problemas no momento da refeição.

O que tentar?
  • Sirva um prato de cada vez e retire os utensílios desnecessários da mesa, como copos e talheres extra ou elementos decorativos;
  • Certifique-se que a louça é simples e de uma cor diferente da toalha da mesa, para que seja fácil distinguir o prato da mesa;
  • Se o uso de talheres se tornar muito difícil, opte por alimentos mais fáceis de comer e, inclusive, que se possam comer com as mãos;
  • Coma ao mesmo tempo da pessoa com Demência de modo a que ela possa olhar para si e copiar os seus movimentos;
  • Certifique-se que não está apressado, isso irá perturbar a refeição da pessoa com Demência;
  • Mantenha o ambiente calmo e agradável, com pouco ruído;
  • Certifique-se que existe iluminação adequada à refeição;
  • Sirva os alimentos familiares à pessoa e não se aventure por pratos novos e muito elaborados.


Adaptado de Alzheimer Australia

Demência – Como lidar com a diminuição/perda de mobilidade?


Como já abordámos anteriormente, apesar da demência ser uma patologia predominantemente cognitiva, está também associada a dificuldades motoras. Estas são muitas vezes desvalorizadas, por pensar-se que estão unicamente relacionadas com o avançar da idade.
Uma das dificuldades motoras presentes na demência é precisamente a diminuição da mobilidade geral, que se caracteriza pela lentificação do movimento (bradicinesia). Este facto contribui para uma diminuição da funcionalidade, surgimento de sedentarismo e diminuição da independência nas actividades do dia-a-dia, o que leva a um aumento da sobrecarga nos cuidados prestados.
É por isso fundamental conhecer algumas dicas que possam auxiliar a lidar e retardar este problema:
– Procure manter a pessoa activa no seu dia-a-dia: promovendo a manutenção das suas rotinas e/ou a realização das actividades que mais gosta, podendo estas serem adaptadas à medida que a demência progride;
 Privilegie a colaboração da pessoa nas actividades de vida diária: poderá orientar/preparar a tarefa e auxiliar a pessoa caso seja necessário, mas privilegiando sempre a sua colaboração e independência;
 Realize exercício físico regular: é fundamental para promover as funções motoras na sua globalidade. Por exemplo, poderá todos os dias fazer uma caminhada de pelo menos 20 minutos numa zona onde a pessoa goste de passear ou mesmo no corredor da sua casa;
– Seja um participante ativo e faça atividades em conjunto com a pessoa: é um dos principais factores de adesão e motivação para a pessoa, sentir que o seu cuidador/familiar participa nas suas actividades;
– Evite que a pessoa passe a maior parte do seu dia sentada/deitada: o sedentarismo é um problema que potencia o agravamento das funções motoras e consequentemente a perda de mobilidade;
 Aconselhe-se com os profissionais da área: poderá ser necessário a pessoa adoptar um auxiliar de marcha, como auxílio para manter a sua mobilidade ou mesmo realizar uma intervenção mais específica. A fisioterapia é a principal área responsável por intervir nestas alterações, sendo o seu principal objetivo manter a máxima funcionalidade e independência, de forma a facilitar as atividades de vida diária, durante o maior tempo possível e lidar com as alterações motoras que possam surgir da demência e do avançar da idade.
Tem também um papel fundamental no ensino aos cuidadores e familiares de dicas a adoptar em casa para a promoção do exercício físico e na prevenção e redução do risco de quedas.
A diminuição da mobilidade é inevitável nas pessoas com demência, no entanto existem estratégias e intervenções terapêuticas que visam retardar o aparecimento desse problema e potenciar a funcionalidade, independência e o bem-estar.
Revisão Clínica: Mariana Mateus

Como já abordámos anteriormente, apesar da demência ser uma patologia predominantemente cognitiva, está também associada a dificuldades motoras. Estas são muitas vezes desvalorizadas, por pensar-se que estão unicamente relacionadas com o avançar da idade.
Uma das dificuldades motoras presentes na demência é precisamente a diminuição da mobilidade geral, que se caracteriza pela lentificação do movimento (bradicinesia). Este facto contribui para uma diminuição da funcionalidade, surgimento de sedentarismo e diminuição da independência nas actividades do dia-a-dia, o que leva a um aumento da sobrecarga nos cuidados prestados.
É por isso fundamental conhecer algumas dicas que possam auxiliar a lidar e retardar este problema:
– Procure manter a pessoa activa no seu dia-a-dia: promovendo a manutenção das suas rotinas e/ou a realização das actividades que mais gosta, podendo estas serem adaptadas à medida que a demência progride;
 Privilegie a colaboração da pessoa nas actividades de vida diária: poderá orientar/preparar a tarefa e auxiliar a pessoa caso seja necessário, mas privilegiando sempre a sua colaboração e independência;
 Realize exercício físico regular: é fundamental para promover as funções motoras na sua globalidade. Por exemplo, poderá todos os dias fazer uma caminhada de pelo menos 20 minutos numa zona onde a pessoa goste de passear ou mesmo no corredor da sua casa;
– Seja um participante ativo e faça atividades em conjunto com a pessoa: é um dos principais factores de adesão e motivação para a pessoa, sentir que o seu cuidador/familiar participa nas suas actividades;
– Evite que a pessoa passe a maior parte do seu dia sentada/deitada: o sedentarismo é um problema que potencia o agravamento das funções motoras e consequentemente a perda de mobilidade;
 Aconselhe-se com os profissionais da área: poderá ser necessário a pessoa adoptar um auxiliar de marcha, como auxílio para manter a sua mobilidade ou mesmo realizar uma intervenção mais específica. A fisioterapia é a principal área responsável por intervir nestas alterações, sendo o seu principal objetivo manter a máxima funcionalidade e independência, de forma a facilitar as atividades de vida diária, durante o maior tempo possível e lidar com as alterações motoras que possam surgir da demência e do avançar da idade.
Tem também um papel fundamental no ensino aos cuidadores e familiares de dicas a adoptar em casa para a promoção do exercício físico e na prevenção e redução do risco de quedas.
A diminuição da mobilidade é inevitável nas pessoas com demência, no entanto existem estratégias e intervenções terapêuticas que visam retardar o aparecimento desse problema e potenciar a funcionalidade, independência e o bem-estar.
Revisão Clínica: Mariana Mateus

Como já abordámos anteriormente, apesar da demência ser uma patologia predominantemente cognitiva, está também associada a dificuldades motoras. Estas são muitas vezes desvalorizadas, por pensar-se que estão unicamente relacionadas com o avançar da idade.
Uma das dificuldades motoras presentes na demência é precisamente a diminuição da mobilidade geral, que se caracteriza pela lentificação do movimento (bradicinesia). Este facto contribui para uma diminuição da funcionalidade, surgimento de sedentarismo e diminuição da independência nas actividades do dia-a-dia, o que leva a um aumento da sobrecarga nos cuidados prestados.
É por isso fundamental conhecer algumas dicas que possam auxiliar a lidar e retardar este problema:
– Procure manter a pessoa activa no seu dia-a-dia: promovendo a manutenção das suas rotinas e/ou a realização das actividades que mais gosta, podendo estas serem adaptadas à medida que a demência progride;
 Privilegie a colaboração da pessoa nas actividades de vida diária: poderá orientar/preparar a tarefa e auxiliar a pessoa caso seja necessário, mas privilegiando sempre a sua colaboração e independência;
 Realize exercício físico regular: é fundamental para promover as funções motoras na sua globalidade. Por exemplo, poderá todos os dias fazer uma caminhada de pelo menos 20 minutos numa zona onde a pessoa goste de passear ou mesmo no corredor da sua casa;
– Seja um participante ativo e faça atividades em conjunto com a pessoa: é um dos principais factores de adesão e motivação para a pessoa, sentir que o seu cuidador/familiar participa nas suas actividades;
– Evite que a pessoa passe a maior parte do seu dia sentada/deitada: o sedentarismo é um problema que potencia o agravamento das funções motoras e consequentemente a perda de mobilidade;
 Aconselhe-se com os profissionais da área: poderá ser necessário a pessoa adoptar um auxiliar de marcha, como auxílio para manter a sua mobilidade ou mesmo realizar uma intervenção mais específica. A fisioterapia é a principal área responsável por intervir nestas alterações, sendo o seu principal objetivo manter a máxima funcionalidade e independência, de forma a facilitar as atividades de vida diária, durante o maior tempo possível e lidar com as alterações motoras que possam surgir da demência e do avançar da idade.
Tem também um papel fundamental no ensino aos cuidadores e familiares de dicas a adoptar em casa para a promoção do exercício físico e na prevenção e redução do risco de quedas.
A diminuição da mobilidade é inevitável nas pessoas com demência, no entanto existem estratégias e intervenções terapêuticas que visam retardar o aparecimento desse problema e potenciar a funcionalidade, independência e o bem-estar.
Revisão Clínica: Mariana Mateus

Águas Aromatizadas: uma ajuda para prevenir a desidratação


A desidratação é uma das principais causas de problemas de saúde no idoso. Pode levar a alterações renais e cardíacas, causar desorientação e diminuir a eficácia de alguns medicamentos.
No entanto, é frequente existir recusa na ingestão de água e esta recusa poderá ser mais acentuada nas pessoas com demência.
Deixamos-lhe algumas receitas de águas aromatizadas para motivar a ingestão de líquidos:
Surpresa de frutos vermelhos:
  1. Num jarro, coloque um litro de água com frutos vermelhos à sua escolha (podem ser morangos, as últimas cerejas da época, framboesas ou mistura de frutos congelados);
  2. Acrescente um ramo de hortelã fresca e bem lavada e umas gotas de limão;
  1. Sirva com cubos de gelo e decore com uma rodela de limão;
  1. Acrescente uma palhinha e já está!
Delícia de Melancia:
  1. Corte duas fatias largas de melancia, retire a casca e todas as sementes;
  1. Parta a melancia em porções mais pequenas e coloque-as no copo liquidificador;
  1. Coloque o sumo de melancia num jarro e acrescente água;
  1. Complete com um ramo de hortelã e umas gotas de limão;
Mistura exótica:
  1. Corte rodelinhas de meio pepino e rodelas de 1 lima;
  1. Descasque a raiz do gengibre e junte duas ou três rodelas;
  1. Acrescente um ramo grande de hortelã fresca;
  1. Termine com água fresca ou água com gás.
Outras ideias:
Pode fazer cubos de gelo com pedacinhos de fruta!

Estatuto de Cuidador Informal


Decidimos no I ENCONTRO NACIONAL DE CUIDADORES DE DOENTES DE ALZHEIMER E DEMÊNCIAS SIMILARES apelar ao governo que seja criado o Estatuto de Cuidador Informal da pessoa com doença de Alzheimer, outras demências ou patologias neurodegenerativas associadas ao envelhecimento. Brevemente irá estar disponível uma petição pública! Precisamos da ajuda de todos. Esta petição vai estar disponível online e formato papel. Quem quiser contribuir na recolha das assinaturas envie mensagem privada que nós enviamos! Necessitamos da ajuda de todos! Foi criado esta imagem para a petição porque significa união. Estaremos todos de mãos dadas para conseguir melhores condições para todos independentemente da ideologia política de cada um. Esta causa é de todos! Esta é uma causa social e não política! Agradecemos a participação e a disponibilidade de todos! Obrigado
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Conheça os 3 estágios da evolução do Alzheimer

A doença de Alzheimer se caracteriza por uma deterioração progressiva das funções intelectuais, transformando a evolução da doença em algo muito variável. Em alguns casos, a evolução é muito rápida – menos de um ano; já em outros, essa deterioração pode levar mais de 15 anos.
Com a finalidade de ajudar os familiares a compreenderem as mudanças que ocorrem durante a evolução da doença, podemos dividir em 3 fases: leve, moderado e severo.
É importante lembrar que a evolução dos sintomas não é igual para todos, e que cada etapa pode se desenvolver gradualmente ao longo dos anos.
Confira a seguir!

1º estágio – leve

Esse estágio tem uma duração aproximada de quatro anos, onde podemos observar:
  • Alterações da memória;
  • Dificuldade para aprender coisas novas;
  • Discreta perda da memória remota, ou seja, o paciente começa a ter problemas para lembrar de memórias antigas.
  • Desorientação espacial: o paciente não reconhece bem o lugar onde está.
  • Mudanças de humor e sintomas de depressão, como apatia, perda de iniciativa, etc.
  • Nesta fase, a linguagem, as habilidades motoras e a percepção continuam bem. O doente é capaz de manter uma conversa, é sociável e compreende a comunicação, como gestos, entonação, etc.

2 º estágio – moderado

A duração desse estágio pode  durar de dois até dez anos. É onde ocorrem as alterações mais importantes do funcionamento do cérebro, com a aparição dos sintomas mais chamativos.
  • Afasia-  O doente começa a ter dificuldades na fala e linguagem.
  • Apraxia – O doente tem dificuldades em realizar funções básicas já aprendidas, como se vestir e utilizar talheres.
  • Perda parcial da capacidade de reconhecimento, mas ainda consegue recordar de ambientes familiares e de orientações pessoais, como seu nome, idade e lugar de nascimento. Ainda recorda de seu cônjuge e parentes.
  • É descuidado com sua higiene pessoal. Fica confuso em relação as suas memórias, dizendo lembrar ou reconhecer algo que não conhece.
  • Começam as manifestações neurológicas em forma de debilidade muscular, como alterações de postura, caminhada, entre outros.
  • Aparecimento de sinais psicóticos, como alucinações e ilusões.
  • Depende cada vez mais da presença de um cuidador.  O doente perde o interesse por passatempos e atividades das quais gostava antes.  Ele se mostra cansado, sonolento e repete várias vezes os mesmo atos, como dobrar várias vezes a mesma peça de roupa.

3º estágio – severo

Nesse ponto os sintomas cerebrais se agravam, acentuando a rigidez muscular e a resistência a alteração de postura. Podem surgir tremores e crises epiléticas.
Os paciente se mostram profundamente apáticos, perdendo as capacidades automáticas adquiridas, como a de tomar banho, se vestir sozinho, andar ou comer.
  • Apresenta uma certa perda de resposta a dor;
  • Aparecimento de incontinência urinária e fecal;
  • Os pacientes ficam acamados, com alimentação assistida, dependendo totalmente dos cuidadores;



A dor


As pessoas com Demência podem experienciar dor física pelas mesmas razões que as outras pessoas. Contudo, o declínio da função cerebral e das suas capacidades podem torná-las menos capazes de comunicar aos seus prestadores de cuidados que estão a sentir dor. 

As pessoas com Demência podem ser incapazes de comunicar a sua dor de forma clara ou de interpretar corretamente os sinais de dor e transmitir o seu desconforto através de outro comportamento. Nem sempre é fácil determinar se a pessoa está em sofrimento, pelo que a dor frequentemente passa despercebida e fica sem tratamento.

Esta situação pode resultar no sub-tratamento da dor e na diminuição da sua qualidade de vida. No entanto, esta situação é evitável através da observação dos sinais não-verbais de dor e da prestação de um tratamento adequado.

Tanto quanto se sabe, a Demência não causa dor. No entanto, as pessoas com Demência podem ser afetadas pelas mesmas doenças do que as pessoas sem Demência e algumas destas doenças podem ser dolorosas.

A investigação sugere que quando uma pessoa com Demência tem dor, corre o risco de não ser tratada por duas crenças erradas – primeira, a pessoa com Demência não experiencia dor - e segunda, nada pode ser feito pelas pessoas com Demência.


Dor aguda ou crónica

A forma como experienciamos a dor física é muito individual. Uma dor resultante da mesma causa pode ser sentida, por cada pessoa, de forma diferente. Podemos utilizar várias palavras para descrever a nossa dor , desconforto, moinha, pontada, cortante, sensação de queimadura, latejante, etc. Podemos, também, inconscientemente mostrar sinais de dor, tais como fazer certas expressões faciais ou afastar do toque a parte do corpo dolorida.

Sentimos dor porque da parte do corpo afetada são enviados sinais para áreas específicas do cérebro. Esta é uma função vital, uma vez que a dor nos leva a retirar de situações potencialmente perigosas, a proteger a parte do corpo lesionada enquanto se cura e a evitar a mesma situação no futuro.

A dor pode ser aguda ou crónica. A dor aguda surge de repente e pode ser provocada por um ferimento ou infeção. Este tipo de dor geralmente alivia à medida que a parte do corpo afetada se cura. A dor crónica é persistente no tempo e pode ser provocada por uma doença de longa duração subjacente, tal como a artrite. Este tipo de dor pode ser contínuo ou intermitente. 


A dor na Demência

Tanto quanto se sabe, as alterações cerebrais que ocorrem na Doença de Alzheimer e noutras formas de Demência não provocam dor. No entanto, as pessoas com Demência apresentam um risco maior de sentir dor por serem mais propensas a situações que podem causar dor, tais como quedas, acidentes e lesões. Acresce que as pessoas idosas em geral, incluindo as que têm Demência, têm maior probabilidade de sofrer de uma série de condições médicas que podem provocar dor.

Outrora pensava-se que as pessoas com Demência não sentiam dor, porque os danos que ocorriam no seu cérebro impossibilitava-as de a sentirem. No entanto, a investigação demonstrou que esta ideia estava errada. Um estudo realizado em Melbourne (Austrália), que utilizou a ressonância magnética funcional (RM), revelou que as pessoas com Doença de Alzheimer mostraram atividade cerebral relacionada com a dor nas mesmas regiões do cérebro que as pessoas sem Doença de Alzheimer(1). Os investigadores concluíram que as pessoas com Demência sentem dor exatamente do mesmo modo que outras pessoas sem Demência, a diferença é que revelam dificuldade em explicá-la aos outros.

A Demência tipicamente envolve uma deterioração progressiva das capacidades da pessoa para entender e comunicar com aqueles que estão ao seu redor. Nas fases iniciais da doença, a capacidade da pessoa para reconhecer e comunicar a dor pode estar intacta. Em fases posteriores esta capacidade provavelmente estará reduzida. Isto leva potencialmente a uma situação inaceitável de a pessoa com Demência sofrer com dores, sem obter o alívio adequado para estas.

A investigação descobriu que as pessoas com Demência, especialmente as que vivem em unidades residenciais, relatam menos dor e recebem menos medicamentos para aliviar a dor. Atualmente sabe-se que isto não é por sentirem menos dor, mas porque são menos capazes de comunicar o seu nível de dor e a sua necessidade de alívio desta. Desta forma, cabe aos que cuidam de uma pessoa com Demência tomarem medidas adicionais para avaliar se a pessoa está a sentir dor e utilizarem tratamentos para gerir eficazmente a dor.


Reconhecer a dor

Reconhecer que alguém com Demência está com dores nem sempre é fácil. A dor é uma experiência muito pessoal e a avaliação é usualmente baseada na nossa perceção da dor e na comunicação do seu tipo, gravidade e localização.

Mas, para alguém com Demência que tem dificuldade em comunicar, será necessário reconhecer a dor de outra forma. Alguns comportamentos e sintomas podem indicar que a pessoa tem desconforto, dor ou que não está bem.

Estes comportamentos e sintomas podem incluir:
  • Alterações do comportamento. A pessoa pode parecer apática, letárgica, frustrada ou mesmo zangada;
  • Dormir mais do que o habitual;
  • Chorar;
  • As expressões faciais ou verbais podem indicar dor numa parte específica do corpo;
  • Relutância em mover-se;


Perguntar sobre a dor

Quando perguntar à pessoa com Demência sobre a sua saúde, tente utilizar uma variedade de palavras que possam ajudar a pessoa a descrever aquilo que sente. Pode ser útil utilizar palavras como desconforto, incómodo, magoado, doloroso e ferida. Em intervalos regulares, pergunte à pessoa se tem dores, em vez de fazê-lo uma única vez.


A queixa verbal de dor

Nas fases iniciais da Demência, as pessoas são capazes comunicar a alguém que estão a sentir dor. No entanto, o declínio das capacidades de pensamento pode torná-las menos capazes de entender por que motivo estão a sentir dor e de saberem o que fazer em relação a esta. 

O declínio da função cerebral e das competências de comunicação pode prejudicar a capacidade da pessoa para relatar com precisão a localização, o nível e o tipo de dor que está a sentir ou para lembrar-se de tomar a medicação regularmente para aliviar a dor, o que significa que a pessoa poderá permanecer em sofrimento.

Para além da Demência, existem outros motivos que podem tornar as pessoas idosas menos propensas a comunicar que estão a sentir dor. As situações que podem levar uma pessoa a não comunicar a sua dor são: a depressão; o medo de necessitarem de uma cirurgia, hospitalização ou de transitarem para uma unidade residencial; a perceção errónea de que todos os analgésicos criam dependência; não quererem parecer fracas ou queixosas. As diferenças culturais, religiosas e de género podem afetar o relato de dor. Algumas pessoas não querem perder o respeito da sociedade ao admitirem que estão com dor e que precisam de ajuda, ou acreditam que a dor deve ser sentida em silêncio. Outras pessoas consideram que devem relatar de imediato a dor e obter um alívio instantâneo da mesma. Como resultado das expectativas sociais e culturais, alguns homens podem acreditar que precisam de ser fortes e que devem aguentar a dor.

Devem considerar-se as origens e circunstâncias de uma pessoa, assim como a fase de Demência em que se encontra, para determinar se corre o risco de não comunicar que está a sentir dor. Mesmo que a pessoa pareça capaz de comunicar normalmente, as estratégias para a avaliação da dor podem ter que ir além de simplesmente perguntar à pessoa com Demência se está a sentir dor.


Os sinais não-verbais de dor

Nas fases mais avançadas de Demência, muitas pessoas perdem a capacidade de comunicar verbalmente aos outros que estão com dores. Contudo, é possível avaliar se alguém está a sentir dor através da observação dos sinais não-verbais. De facto, os sinais não-verbais podem ser úteis na avaliação da dor em todas as fases de Demência. Estes sinais podem estar obviamente relacionados com a dor, mas por vezes podem apenas representar uma alteração do comportamento normal. 

Os sinais não-verbais podem incluir:
  • Expressões faciais;
  • Gestos que indicam sofrimento;
  • Resguardar uma parte do corpo ou ter relutância em movimentar-se;
  • Gemidos de dor ao movimentar-se;
  • Movimentos limitados ou lentos;
  • Aumento da frequência cardíaca, pressão arterial ou sudorese;
  • Inquietação;
  • Choro ou sofrimento;
  • Aumento ou diminuição das vocalizações;
  • Comportamento social retraído;
  • Letargia ou aumento do sono;
  • Sono perturbado ou agitado;
  • Diminuição do apetite (e diminuição da ingestão nutricional);
  • Aumento da confusão;
  • Raiva, agressividade, irritabilidade ou agitação.
Alguns destes sintomas ou alterações podem ser resultado de outros problemas. Contudo, a dor deve ser sempre considerada como uma causa potencial e tratável. É, também, importante lembrar que algumas pessoas apresentam poucos ou nenhuns comportamentos específicos associados à dor.


As consequências da dor não tratada

Se a dor de uma pessoa com Demência não for reconhecida e tratada, existe o perigo de a pessoa sofrer desnecessariamente e também de lhe serem prescritos tratamentos inadequados para a alteração do seu comportamento. 

Se uma pessoa se torna retraída ou angustiada por causa da dor, pode assumir-se que está deprimida e serem-lhe prescritos antidepressivos. De facto, a dor crónica pode tornar a pessoa deprimida, mas tratar eficazmente a dor subjacente vai aliviar a dor e a depressão. Se uma pessoa se torna agressiva ou agitada por causa de uma dor, pode ser-lhe prescrito um antipsicótico, que potencialmente tem sérios efeitos secundários. Mais uma vez, tratar a dor subjacente deverá aliviar os problemas de comportamento resultantes desta.

A dor persistente pode levar à redução da mobilidade. Esta situação pode interferir nas atividades diárias e também aumentar o risco de quedas e de futuros ferimentos. A dor persistente pode afetar o funcionamento do cérebro e do pensamento, piorando os sintomas de Demência e acelerando a deterioração. Não reconhecer e não tratar a dor em pessoas com Demência tem profundas implicações para a sua qualidade de vida e pode levar a maus resultados médicos.


As causas de dor

As potenciais causas de dor são iguais para as pessoas com Demência e para as outras. As causas mais comuns de dor nos idosos incluem:
  • Obstipação e infeções do trato urinário;
  • Ficar sentado ou deitado na mesma posição durante muito tempo;
  • Úlceras de pressão;
  • Artrite;
  • Osteoporose;
  • Osteoartrite;
  • Lesões antigas, como fratura da anca;
  • Lesões não detetadas ou não tratadas;
  • Dor de cabeça ou enxaqueca;
  • Problemas nas costas;
  • Problemas nos pés;
  • Problemas dentários;
  • Diabetes;
  • Infeções;
  • Cancro.
Pode ser necessário fazer uma avaliação cuidadosa para determinar a causa da dor, especialmente na pessoa com Demência cuja capacidade de comunicação esteja comprometida.


A avaliação da dor

Não existe uma forma simples de medir a dor de uma pessoa, tal como existe, por exemplo, para medir a tensão arterial ou a acuidade visual. Desta forma, o auto relato da pessoa é a medida mais confiável de dor. Os pacientes podem ser solicitados a classificar a sua dor numa escala de zero a dez, sendo zero nenhuma dor e dez a pior dor que já sentiram. Os pacientes também podem ser solicitados a descrever a natureza da sua dor, por exemplo se é aguda ou crónica. 

Mas, como é conhecido, as pessoas com Demência podem ter dificuldades em compreenderem estas questões e/ou fornecerem uma resposta que reflita com precisão a sua dor.

Os profissionais de saúde podem usar escalas de avaliação da dor para investigar a dor em pessoas com Demência. Para a medir a intensidade da dor existem escalas validadas a nível internacional, recomendadas pelo Ministério da Saúde, nomeadamente Escala Visual Analógica (convertida em escala numérica para efeitos de registo), a Escala Numérica, a Escala Qualitativa ou a Escala de Faces.*

A intensidade da dor é relatada pelo doente, pelo que este tem de estar consciente e colaborar com o médico que está a fazer a avaliação. Quando a pessoa não está consciente ou não consegue comunicar, existem outros métodos de avaliação específicos.
A escala utilizada para medir a intensidade da dor pela primeira deverá ser utilizada nas avaliações posteriores.

 A Sociedade Australiana da Dor recomenda a utilização do Brief Pain Inventory como um instrumento comprovadamente útil para avaliar a dor em pessoas idosas, que conseguem comunicar verbalmente(2). Existem versões para as pessoas que vivem na comunidade e para as que vivem em unidades residenciais.

Os instrumentos para a avaliação observacional estão disponíveis para registar e pontuar os sinais de dor de uma pessoa com Demência que não consegue comunicar verbalmente. A Sociedade Australiana da Dor recomenda a Abbey Pain Scale para essas pessoas(2). Esta escala requer que o observador pontue a severidade das expressões da pessoa, das alterações do comportamento e dos sinais físicos, sendo que a pontuação total obtida indica a gravidade da dor.

Os profissionais de saúde, por vezes, não têm o tempo necessário para reconhecer, avaliar e controlar a dor em pessoas com Demência. Os familiares e amigos podem dar uma contribuição valiosa ao aprenderem a reconhecer os sinais de dor do seu ente querido e a comunicarem as suas preocupações aos profissionais de saúde e prestadores de cuidados. 

A avaliação adequada da causa, gravidade e impacto da dor de uma pessoa é essencial para delinear o tratamento mais adequado.


Controlar a dor

Após identificar-se que a pessoa com Demência está a experienciar dor, deverá ser observada por um médico, que irá determinar qual o melhor tratamento. Em algumas situações, tal como uma dor de cabeça, o paracetamol pode ser utilizado, geralmente, com segurança e sem necessidade de consultar um médico. Para situações de dor mais significativas ou contínuas, pode ser necessário a administração de medicamentos mais fortes.

Um medicamento que alivia a dor é denominado analgésico. Vários fármacos podem ser utilizados para tratar a dor. Estes incluem: paracetamol, aspirina, anti-inflamatórios não-esteróides (ex.: ibuprofeno) e opiáceos (ex.: codeína e morfina). O tipo de fármaco escolhido depende de vários fatores, tais como o tipo e a gravidade da dor, durante quanto tempo a pessoa vai necessitar do medicamento e de outras condições médicas e medicamentos que o paciente esteja a tomar. 

Deve existir um cuidado especial com as pessoas idosas. Estas podem ser mais sensíveis a alguns medicamentos e requererem uma dose mais baixa. Podem, também, ser mais propensas aos efeitos secundários e a interações com outros medicamentos que estão a tomar. Converse com o médico e/ou farmacêutico para garantir que estas situações foram consideradas e que a resposta à medicação é cuidadosamente monitorizada.


Tratamentos Não Farmacológicos

Os tratamentos não farmacológicos podem ser utilizados, isoladamente ou em combinação com um medicamento, para ajudar a aliviar a dor. Estes podem incluir:
  • Massagem;
  • Aplicação de compressas frias ou quentes;
  • Exercícios suaves e alongamentos;
  • Fisioterapia;
  • Acupunctura;
  • Relaxamento.
Para a dor crónica, em particular, é muito importante que o controlo permanente da dor faça parte do plano de cuidados à pessoa com Demência. A dor deve ser avaliada regularmente, o tratamento deve ser adaptado para o que funciona melhor na pessoa e as terapêuticas devem ser ajustadas sempre que for necessário. A maneira mais eficaz de controlar a dor crónica é tomar os analgésicos em intervalos regulares, em vez de tomá-los apenas quando são necessários. A junção de terapias não farmacológicas, como a massagem, pode ser muito útil.


Controlar a dor no fim da vida

Muitas pessoas têm medo de passar os seus últimos dias a sentir dor, mas com a prestação de bons cuidados paliativos esta situação raramente acontece. Os cuidados paliativos são cuidados especializados para alguém que tem uma doença terminal. A gestão da dor é uma parte importante destes cuidados. A Demência é uma doença terminal que pode estar associada a outras condições médicas que provocam dor, pelo que este tipo de cuidados está disponível para as pessoas com Demência.

Existem muitos profissionais de saúde sem formação específica em gestão da dor, mas uma equipa de cuidados paliativos garante a implementação de estratégias eficazes de controlo da dor, caso sejam necessárias (3). 

Esta ajuda especializada pode ser fornecida em qualquer fase da doença e não apenas nos últimos dias de vida. Todavia, nem todas as pessoas com Demência vão necessitar de um tratamento paliativo da dor.


Prevenir a dor

Quando cuidar de alguém com Demência deve tomar precauções para evitar situações que podem causam dor, tais como infeções, fraturas e úlceras de pressão. O uso regular de medicação pode ser necessário para controlar a dor persistente em alguém com doença crónica.


Se a pessoa estiver num lar residencial

No contexto de um lar residencial, é possível que a dor não seja, por vezes, reconhecida e tratada. Se estiver preocupado com a possibilidade da pessoa com Demência estar com dores, fale com o médico ou enfermeiro. O conhecimento dos sinais comportamentais de dor é importante para ajudar os funcionários do lar residencial a identificarem que a pessoa está com dores. Certifique-se que os funcionários avaliam regularmente a existência de dor e que esta está a ser controlada eficazmente. As boas práticas de cuidados residenciais têm como objetivo melhorar o controlo da dor em pessoas com demência. 


Referências
1.    Cole, L.J., Farrell, M.J., Duff, E.P., Barber, J.B., Egan, G.F. & Gibson, S.J. (2006). Pain sensitivity and fMRI pain-related brain activity in Alzheimer's disease. Brain. 129 (Pt 11), 2957-2965. Disponível em www.brain.oxfordjournals.org
2.    Sociedade Australiana da Dor. Pain in residential aged care facilities – management strategies. 2005. Disponível em www.apsoc.org.au.
3.    Cartwright, C. (2011). Planning for the end of life for people with dementia. Part One. Alzheimer’s Australia: Canberra. Disponível em www.alzheimers.org.au


Leitura adicional
Ciampi de Andrade, D., Vieira de Faria, J.W., Caramelli, P., Alvarenga, L., Galhardoni, R., Siqueira, S.R., Yeng, L.T. & Teixeira, M.J. (2011). The assessment and management of pain in the demented and non-demented elderly patient. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 69 (2-B), 387-394. Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004282X2011000300023&lng=en&nrm=iso&tlng=en 

Esta página tem apenas um caráter informativo e não representa a recomendação de qualquer tratamento por parte da Alzheimer Portugal.*



Adaptado de Alzheimer Australia 

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