Os cientistas descobriram que o mal de Alzheimer se desenvolve quando células do cérebro morrem devido ao mal funcionamento de outro tipo de célula, a micróglia, cuja função é realizar uma espécie de “limpeza” no órgão para evitar bactérias, vírus e outros depósitos perigosos.
Segundo o estudo, a diferença entre os jovens e os pacientes que desenvolvem o mal de Alzheimer é que, em idosos, as células micróglias reduzem sua eficácia devido à ação de uma proteína chamada EP2.
Assim, os cientistas testaram em ratos o bloqueio da proteína EP2, que justamente faz com que a micróglia perca sua força. Com essa barreira, ela funcionaria normalmente e continuaria seu processo de aspirar substâncias que causem danos no sistema cerebral. E os resultados foram positivos!
A 'microglia' funcionam bem quando as pessoas são jovens, mas, quando envelhecem, uma proteína chamada EP2 faz pararem de funcionar de forma eficiente
A ‘microglia’ funcionam bem quando as pessoas são jovens, mas, quando envelhecem, uma proteína chamada EP2 faz pararem de funcionar de forma eficiente
Em entrevista ao site britânico The Telegraph, a professora de neurologia e ciências neurológicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Standford, Dra. Katrin Andreasson, explicou que, no teste com ratos jovens, as micróglias mantiveram o seu funcionamento normal. Já nos ratos mais velhos, a proteína EP2 conseguiu parar as células.
Então, alguns dos animais foram geneticamente manipulados para não ter a EP2, e assim, o Alzheimer não se desenvolveu. Nos casos em que a doença já tinham sido diagnosticada, ao se bloquear a proteína, o resultado foi o de reversão da perda de memória.
Agora os cientistas já estão realizando estudos para produzir um composto que bloqueie a EP2 e que evite efeitos colaterais desnecessários. O estudo foi divulgado no Journal of Clinical Investigation.
UOL