A agressividade em pacientes de Alzheimer

A agressividade em paciente com Alzheimer é muito mais frequentes nos estágios mais avançados da doença. A pessoa tende a ficar mais facilmente agitada, irritada e agressiva – frequentemente sem nenhuma razão aparente; fica descontrolada, amaldiçoa, grita, solta insultos e palavrões. Embora as agressões  sejam mais verbais que físicas, não são raros casos em que arremessa objetos e resiste a tratamento com empurrões e pancadas
Porque ocorre esta agressividade?
Não se sabe exatamente porque a causa desta agressividade. Pode ser um sintoma da doença em si, porém também pode ser uma reação a ações de outras pessoas com que convive ou mesmo de condições do ambiente em volta.
Entenda o que dispara esta explosão agressiva
A agressão em Alzheimer pode irromper sem aviso, a qualquer momento. Pode não haver uma causa óbvia. Contudo, muitas vezes os motivos que a desencadeiam podem ser encontrados pela pessoa que cuida. Uma vez identificado o “gatilhos”, pode se reduzir o número e a intensidade destas explosões de agressividade,  trabalhando o nível de frustração do paciente.
Abaixo damos alguns  desses motivos disparadores mais comuns:
Desconforto  causado pela falta de sono, efeitos colaterais de medicamentos ou dores que a pessoa não é capaz de descrever.
O ambiente no entorno, muito barulhento, muitas pessoas agitadas em volta  ou desordem.
Confusão causada ao ser questionado com muitas perguntas ao mesmo tempo ou pela tentativa de entender instruções complexas do ponto de vista dela) ou por perceber o estresse do cuidador.
Dicas  para reduzir a agressividade
Uma vez  identificado o motivo disparador da agressividade, deve-se adotar alguns  passos que previnem sua ocorrência, através da redução de estados de confusão e agitação Tente as seguintes sugestões:
Antecipe-se a situações em que o paciente pode estar desconfortável, superexcitado ou confuso;
Evite fazer muitas perguntas ao mesmo tempo;
Evite dar instruções excessivamente complicadas;
Não use frases negativas e não fale de assuntos negativos;
Reduza ruídos, movimentos frenéticos e a desordem no ambiente;
Não contra argumente, pois o idoso com Alzheimer vê a realidade de um modo diferente do seu. Em lugar de desafiar esta realidade, sente-se ao lado e o escute. Faça perguntas sobre o assunto.
Dê foco no passado, pois a memória imediata, de curto prazo, está afetada pela demência. É muito mais fácil, menos estressante e mesmo, mais prazeroso para ele, lembrar-se de momentos vividos em passado mais distante do que se esforçar para lembrar o que viu na TV na noite anterior.
Ajude a memória dando-lhe pistas. À medida que a doença progride, lembrar o que fazer e como fazer as atividades diárias como pentear os cabelos ou se vestir se tornam muito difíceis. Lembretes colocados em locais estratégicos podem ajudar a prevenir frustrações.
Estresse do cuidador e a agressividade do paciente
Definitivamente não é uma tarefa fácil cuidar de pessoas com Alzheimer. A carga de trabalho quem convive com um idoso com a doença, 24 horas por dia,  tem um preço alto. No caso do cuidador familiar, some-se a isso a frustração e a tristeza de presenciar a deterioração de um ente querido. Não é surpresa que muitos cuidadores que assumiram tal função se sentem isolados e deprimidos.  Deixando-os sem tratamento, estes sentimentos levam a comportamentos intolerantes e, por vezes agressivo, com o idosoacometido por Alzheimer, chegando mesmo a insultos e lesões físicas.
Se você, cuidador familiar, que foi designado a este, digamos, sacrifício, procure ajuda para você também quando sentir sinais de depressão, ansiedade, insônia, exaustão e irritabilidade. Lembre-se: cuidar de sua saúde permitirá cuidar melhor da pessoa com Alzheimer.


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