A substância usada nos antidepressivos, o
citalopram, conseguiu estabilizar os sintomas progressivos da doença em até 25%
em ratos e em até 38% em humanos
A guerra contra o Alzheimer pode ter
ganhado uma arma eficiente e já pronta para uso: um antidepressivo que está no
mercado desde 1998. O medicamento, um inibidor da reabsorção da serotonina
(SSRI),) freou o desenvolvimento de placas de gordura no cérebro, segundo os
resultados de um estudo publicado na edição desta quinta-feira (15) da revista
Science Translational Medicine. O acúmulo dessas substâncias é apontado como
importante causa da doença neurodegenerativa que, até 2050, deverá acometer 16
milhões de pessoas no mundo. A substância usada nos antidepressivos, o
citalopram, conseguiu estabilizar os sintomas progressivos da doença em até 25%
em ratos e em até 38% em humanos.
Os
cientistas das universidades da Pensilvânia e de Washington testaram os efeitos
da droga no fluido intersticial (FIS) do cérebro de ratos que tinham as placas
beta-amiloide e também no líquido cefalorraquidiano (LCR) de humanos saudáveis.
“Estudos anteriores demonstraram uma associação entre antidepressivos e a
redução da carga de beta-amiloide no cérebro”, explicou, em comunicado à
imprensa, a principal autora do trabalho, Yvette Sheline. “Esses estudos
examinaram a correlação retrospectiva entre a duração do uso de antidepressivo
e a carga amiloide com tomografia por emissão de pósitrons (PET) no cérebros de
idosos. Nossa investigação deu um passo além e testou o efeito prospectivo do
citalopram nos níveis de amiloide no LCR de indivíduos saudáveis e mais
jovens”, compara.
Ratos geneticamente modificados para desenvolver as placas de gordura, mas que foram expostos ao citalopram, tiveram redução dos níveis de beta-amiloide em 25%. Dois meses de exposição à substância freou não apenas o desenvolvimento de novas placas, mas também estabilizou a progressão das que existiam. Um experimento paralelo realizado com 23 humanos saudáveis que tinham de 18 a 50 anos e não haviam sido submetidos a tratamentos para depressão obteve mais resultados impressionantes: 60mg de citalopram reduziram em 38% a produção de beta-amiloide em apenas 37 horas de testes.
Os pesquisadores acreditam que os bons resultados estão relacionados ao efeito bloqueador dos antidepressivos em alguns neurônios, uma ação que aumenta a disponibilidade de setoronina e diminui a produção das placas de gordura. A partir disso, eles acreditam que o desenvolvimento de abordagens terapêuticas seguras e eficientes para reduzir a produção das placas no LCR, mesmo que modestamente, pode prevenir e/ou desacelerar a progressão dos sintomas do Alzheimer. “Nós estamos adquirindo um melhor entendimento das capacidades de SSRIs enquanto continuamos a desvendar os complexos mecanismos do cérebro que desencadeiam a demência do Alzheimer”, diz Sheline.
Ratos geneticamente modificados para desenvolver as placas de gordura, mas que foram expostos ao citalopram, tiveram redução dos níveis de beta-amiloide em 25%. Dois meses de exposição à substância freou não apenas o desenvolvimento de novas placas, mas também estabilizou a progressão das que existiam. Um experimento paralelo realizado com 23 humanos saudáveis que tinham de 18 a 50 anos e não haviam sido submetidos a tratamentos para depressão obteve mais resultados impressionantes: 60mg de citalopram reduziram em 38% a produção de beta-amiloide em apenas 37 horas de testes.
Os pesquisadores acreditam que os bons resultados estão relacionados ao efeito bloqueador dos antidepressivos em alguns neurônios, uma ação que aumenta a disponibilidade de setoronina e diminui a produção das placas de gordura. A partir disso, eles acreditam que o desenvolvimento de abordagens terapêuticas seguras e eficientes para reduzir a produção das placas no LCR, mesmo que modestamente, pode prevenir e/ou desacelerar a progressão dos sintomas do Alzheimer. “Nós estamos adquirindo um melhor entendimento das capacidades de SSRIs enquanto continuamos a desvendar os complexos mecanismos do cérebro que desencadeiam a demência do Alzheimer”, diz Sheline.
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