Depressão e Demência


Perturbações do humor afetam uma porcentagem considerável de indivíduos com DA, em algum ponto da evolução da síndrome demencial. Sintomas depressivos são observados em até 40-50% dos pacientes, enquanto transtornos depressivos acometem algo em torno de 10-20% dos casos. Alguns autores acreditam que a freqüência de depressão diminui nos casos de demência avançada, mas ainda há controvérsias sobre essa questão. Estudo longitudinal de cinco anos de duraçãosugeriu que tais condições têm evolução crônica, demonstrando taxas de recorrência de sintomas depressivos de 85% ao longo de um ano. Pacientes com DA e depressão apresentam comprometimento funcional maior do que os controles pareados sem depressão. Sintomas depressivos e demenciais sobrepõem-se com freqüência em pacientes geriátricos. Idosos deprimidos freqüentemente queixam-se de falhas da memória. A ocorrência de depressão na terceira idade ou mesmo antes tem sido considerada um possível fator de risco para demência, embora Henderson, através de estudo prospectivo recente, em uma amostra de 1.045 indivíduos vivendo na comunidade, não observaram associação entre a ocorrência de sintomas depressivos e o risco aumentado de declínio cognitivo após três anos de evolução. O termo “pseudodemência”, muitas vezes criticado, corresponde a uma condição em que a síndrome demencial é desencadeada por um transtorno psiquiátrico funcional, geralmente depressivo. Nesses casos, o início do quadro é menos insidioso do que nas demências primárias, e o paciente apresenta, além da disfunção cognitiva, outros sintomas pertinentes à síndrome depressiva. Embora as manifestações demenciais possam regredir com o tratamento antidepressivo, os quadros de pseudodemência depressiva têm sido considerados por alguns autores como manifestações prodrômicas da síndrome

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