Veja o que diz o médico Paulo Bertolucci, Doutor em Neurologia pela Universidade Federal de São Paulo. O especialista esclareceu os mitos e verdades que surgem na internet sobre a doença
Redação Plena
Setembro é considerado o Mês Mundial da Doença de Alzheimer. Para prestar um suporte aos pacientes, familiares e cuidadores, o Portal Plena intensificará nos próximos 30 dias a produção de conteúdos relacionados à demência, abordando desde os direitos do portador até os tratamentos mais avançados. Nesta primeira matéria, conversamos com o médico Paulo Bertolucci, Doutor em Neurologia pela Universidade Federal de São Paulo – Unifesp - e pós-doutorado pela Universidade de Londres, sobre os mitos e verdades acerca da doença, responsável por 60% dos casos de demência em idosos.
Confira:
O primeiro sintoma do Alzheimer é sempre a perda da memória?
Na grande maioria dos casos são progressivos lapsos de memória, mas mais raramente a DA pode começar por progressiva dificuldade de linguagem, ou de comportamento, ou de identificar objetos pela visão.
Jogos de raciocínio, como palavras cruzadas e sudoku, ajudam a evitar a doença?
A atividade intelectual retarda o início, mas não evita o início da DA. Estes jogos citados são atividade intelectual.
Mulheres têm mais chances de desenvolver o Alzheimer?
As mulheres tem chance um pouco maior que os homens de apresentar DA.
Depressão pode desencadear o Alzheimer?
A depressão é um fator de risco para DA e muitas vezes depressão é o primeiro sintoma, antes dos lapsos da memória, mas não é a causa.
Há casos de pacientes que tiveram a doença revertida?
A doença é irreversível com os tratamentos atualmente disponíveis e não há relato de regressão.
A Castanha do Pará realmente ajuda a evitar a doença?
Não há evidência clara que a castanha do Pará, por seu efeito antioxidante, mude o curso da DA. Mais estudos são necessários.
A Medicina está perto de encontrar a cura ou um tratamento que impeça o avanço da doença?
A causa não foi identificada e portanto não há expectativa de cura. Drogas para impedir o avanço da doença tem sido testadas mas os resultados até agora não são animadores
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