“O Mal de
Alzheimer é talvez a mais cruel das doenças. Destrói a capacidade de ter
lembranças, destrói os laços afetivos mais profundos, como aqueles que,
geralmente, unem mãe e filho, pai e filha por toda a vida. Preserva funções
vitais, mas mata a vaidade, o orgulho, a memória e a capacidade de amar. Nos
último estágio, destrói conhecimentos instintivos, como o de mastigar e
engolir. O doente pode morrer de inanição, pois não sabe o que fazer com sua
fome... Para os parentes, os filhos, a mulher, o marido, os netos, é como se o
Mal de Alzheimer tivesse levado a pessoa amada e deixado sua carcaça, como a
provar que a crueldade da vida não tem limites. Em vez de chorar seu morto à
beira da sepultura, após um enterro digno e uma despedida emocionada, vai-se
despedindo dele todos dias, a cada por do sol”
Em destaque
loading...
0 comentários:
Postar um comentário